Minhas redes sociais:

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Chuva.

Não dá mais pra te esperar
A chuva vai apertar
E eu não quero me molhar

Não dá mais pra aguentar

A angústia vai apertar
Eu não quero me molhar
Nem de chuva
Nem de lágrimas

Decide logo se vem comigo

Aqui tá chuviscando faz tempo
E faz frio

Não vale a pena

Me molhar por você
Não vale a pena
Pegar essa chuva sem você

— Stephany Sousa.


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Migalhas.

Eramos eu, você,
Um filme,
E as migalhas no sofá. 
Nosso filme acabou,
E hoje sou eu
As migalhas no sofá.

— Stephany Sousa

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Borrões.

Somos um borrão de cores tentando ganhar formas. Tentando conhecer novos nuances na vida. Nossa parte em branco é preenchida a cada mistura de novas cores que descobrirmos ou descolorimos. Nós absorvemos os melhores tons de cada um que nos deixa marcado, seja a áurea dela o azul mais sereno que te afaga; seja o amarelo mais alegre que te reluz; ou até mesmo um tom mais frio que te faz querer colorí-lo por ver os pontos mais vivos sendo ofuscados... Somos borrões de cores, e cada um nos interpreta de uma forma. Em alguns, despertamos diferentes emoções, e para outros, nem fazemos sentido.

— Stephany Sousa.


quinta-feira, 30 de abril de 2015

Cinza e Azul.

Deveria ser proibido acontecer coisas tristes em dias chuvosos.
Eu sei que em cima desse cinza tem o azul.
Mas eu preciso de fogo...
Então se não te tenho,
Espero o Sol nascer de novo.
Assim como tem menos dias cinzas que azuis,
Só por hoje, me deixa esquecer quem eu sou,
O que eu estou fazendo e o que está acontecendo
Ninguém precisa saber.
A chuva vai se misturar com a lágrima no meu rosto,
Depois o Sol seca tudo junto e leva embora.
Olha como a felicidade é generosa,
Deixa os dias chuvosos pra tristeza passear e ir embora.
Então só por hoje, me deixa esquecer quem eu sou.
Nem eu mesmo preciso lembrar,
Um dia já é muito pra desperdiçar.
Mas já que eu não pude sair de casa,
Não pude ir a praia
E não tive companhia pro cinema...
Me deixa esquecer quem eu sou
Só por hoje.

 Stephany Sousa



sexta-feira, 17 de abril de 2015

Fantasia.

Quero um amor fantasiado de paixão.
Quero deixar descontrolar a sensação
Do meu corpo sendo preenchido
Pela arte do teu.

Quero me perder por segurança,
Quero me achar na tua dança,
Quero compartilhar o teu querer.

Paixão é ardente.
Tem a necessidade da troca de olhar.
Amor é latente.
Te olho daqui e você me olha de lá.

Um vira o outro,
Porque o outro não vira um?

Amor e Paixão
Tem que ser
Uma vida de duas mãos.

— Stephany Sousa.



Contribuição da Mayã na última frase, um detalhe que fez toda diferença <3

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Bumerangue.

Isso era pra ser um tweet, mas achei muito sentimental para uma rede social em que tudo termina em palhaçada; depois pensei em fazer uma poesia pelo sentido da metáfora, mas tinha um cunho de reflexão que eu precisava abranger e ser mais clara; então, como podem perceber, virou uma crônica.

Com 11 anos eu peguei no livro "O Segredo" simplesmente pela inocência e curiosidade de uma criança em saber qual era o segredo. Talvez por ser criança, talvez por ser eu... fiquei lendo aquele livro e anotando na minha agenda da Hello Kitty todas as "receitas" para conspirar com o universo e fazer com que ele atraísse as coisas que eu queria. Eu segui essa lista com atitudes desde recortar minha Caloi Aro 16 na porta do armário para todo dia mentalizá-la, até tomar banho de chuva e gritar agradecimentos pela minha existência, e de todas as coisas e pessoas boas que eu tinha.

Parece loucura, mas quanto mais eu tinha pensamentos fortes e positivos as coisas simplesmente aconteciam. E quanto mais eu crescia e amadurecia, mas eu tinha provas daquela certeza ingênua de que eu realmente tenho super poderes. Eu tenho o poder de escolher o bem, e o bem tem o poder me recompensar por escolhê-lo. Eu tenho o poder de ser forte diante do mal, e a força tem o poder de me tornar cada vez dominadora dela. Eu tenho o poder de mentalizar meus desejos mais com o coração do que com a cabeça, e de alguma forma, eles vem até mim por merecimento. Eu tenho o poder de entregar meus sentimentos, e recebê-los de volta, mesmo não controlando a partida e mesmo não induzindo a volta.

Mas como tudo na vida tem um "porém" (esse que só depende de você para existir), não só os sentimentos bons são atraídos, e o retorno de suas ações, muitas vezes, vem de uma forma inconsciente. Então quando você deposita negatividade em algo, ela também vai voltar; e talvez volte só para te fazer perceber que você estava fazendo algo ruim mesmo não propositalmente. Um comentário maldoso ou repassar uma fofoca; quando você fez pouco caso de uma situação pequena. mas que para a outra pessoa era grandiosa, então ela perdeu o gosto de te contar e de te ouvir... Quando essas coisas acontecem sem você perceber, não se culpe, mas também não repita. É a vida querendo te ensinar a ser merecedor dela.

A vida é como um bumerangue, mas não é imediata, pois ela sabe o melhor caminho pra trazer tudo de volta. E o destino é um ajudante que escolhe as melhores ferramentas de fazer você entender. Se algo está gritando nos seus olhos, repare. Se no meio de várias conversas seus ouvidos encontraram um foco, escute. Se algo apareceu no seu caminho, aprenda.

— Stephany Sousa.



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Irradia.

Fazendo as pazes com a terra.
E que paz, e que terra!
Fazendo da terra minha paz.
E que paz, e que terra..
Abre a janela e deixa entrar.
O Sol quer te iluminar!
Veste teu melhor sorriso,
Mostra para ele
Que você também tem brilho!
Olha pras estrelas e aprende:
Quem tem muita luz
Tem mais é que dar de presente.
O que seria das constelações
Sem o Sol para ascender as composições?
Não se trata de ser maior,
Se trata de ser você.
Há quem prefira o céu de noite ao céu de dia.
Seja importante para si
E vai menina, irradia!

— Stephany Sousa.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Bicho Leviano.

Eu tô doente!
Um bicho leviano me picou!
Tô com a febre desses que andam
E não olham onde pisou.


É a doença dos pássaros!
Criando penas,
Correndo em vez de passos.
É pra pegar impulso,
É pra pular nos galhos.

É a doença dos pássaros!
Criando asas,

Sigo batendo por onde o vento soprar
Sem saber onde vai dar.

Mas passarinho cria ninho,
Passarinho voa e volta.
Acho que sou borboleta,
Leve e desgovernada,
Só é bonito pra quem olha.

Queria eu ter garras,
Pra não me perder
Nesse teu vendaval sem rotas.


— Stephany Sousa.



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Máquina de Respostas.

Desde pequena eu penso numa máquina que me respondesse qualquer pergunta com exatidão. Eu realmente lembro de mim com meus 8-anos-sei-lá visualizando essa máquina como um óculos, e apareceria a reposta pela lente... Apesar desse objeto ser estranho, o mais estranho eram as perguntas que eu fazia. As quais eram completamente impossíveis, eu buscava respostas do tipo: Quantas pessoas no mundo estão com chiclete grudado no cabelo? Quantas pessoas estão se cortando com uma folha de papel agora? Quantas pessoas estão sendo cagadas por pombos?
Escrevendo esse texto, reparei que quando eu era pequena tentava pensar na coisa mais incomum para tentar achar o mínimo de pessoas no mundo fazendo a mesma coisa. O objetivo era achar a pergunta que me daria a resposta de que apenas uma pessoa no mundo inteiro estaria fazendo algo sozinha (Inclusive eu nunca fiz essa pergunta direta porque a graça era achar a pergunta mais limitante possível). Acho que era uma curiosidade de saber se o mundo é tão grande o suficiente para ter várias pessoas fazendo coisas estranhas ao mesmo tempo, desafiando as probabilidades do planeta.
Depois de muitos anos, o estranho se tornou eu ainda "usar" essa máquina nas minhas observações (Isso se deve por uma característica minha muito forte que é ver as coisas com olhos de criança, ou seja, ver beleza onde não tem e me impressionar com pouco. Como por exemplo, achar bonito uma menina de aparentemente 4 anos brincando de amassar latinhas para os pais em pleno ano novo. Naquele momento, nem eu, nem a menina pensamos no lado ruim daquela "brincadeira"). Porém, hoje em dia eu não fico mais buscando a pergunta "da única pessoa fazendo algo sozinha", eu vejo algo peculiar, como duas pessoas tropeçando ao mesmo tempo, e me pergunto: "Quantas pessoas no mundo tropeçaram simultaneamente com elas?"
Eu nunca tinha refletido sobre isso tudo, é apenas uma brincadeira introspectiva como a de não pisar nas linhas do chão. Muitas pessoas fazem isso depois de grande (eu). Até que um dia eu estava andando de ônibus e vi um cartaz com uma mensagem de amor preso no sinal e pensei: "Quantas pessoas no mundo estão achando seus cartazes pelas ruas e se emocionando?" Naquele momento, quase que instantaneamente, me veio um brainstorm sobre o sentido disso... Você pode estar fazendo exatamente a mesma coisa, e ao mesmo tempo, que bilhões de pessoas no mundo e até fora dele... Mas isso não vai deixar de ser único pra você ou para as pessoas a sua volta. Tudo que a gente faz é único, até copiar. Pois uma mesma mensagem não toca corações iguais; uma mesma peça teatral pode ser a melhor peça da vida de duas vidas completamente diferentes, por motivos diferentes em dias diferentes.
Nós somos o que marcamos e deixamos para outras pessoas e para nós mesmos. Momentos, experiências, conversas, toques físicos e morais... Essa parte você pode interpretar como algum legado após a morte, mas esse é um efeito durante a vida, o qual faz com que as pessoas que você se distancia se lembrarem de você, e faz manterem um sentimento mesmo não mantendo contato; e se você fez algo negativo não deixa o tempo curar, pois certas marcas que deixamos no coração dos outros tem força além tempo. Então só atitudes mudam outras atitudes. Faça algo para mudar, faça algo para manter, faça algo para aumentar, faça algo para marcar... Faça algo e será único.

— Stephany Sousa.