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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Liberdade de Insanidade.

Uma peça teatral com as insanas reproduções da vida, exageros do cotidiano, a incorporação do nosso corpo externo e mental. A sociedade não é poética, as pessoas são. Por isso poetas fazem da realidade uma doce melancolia ou criam nela uma utopia. Essas artes reproduzem as irrealidades da nossa realidade. São essas, nossas atitudes mais intensas nas quais são reprimidas pela consciência e pelo receio de parecer maluco. Este é o paradoxo da vida social, já que pessoas insanas não possuem essa razão da consciência de que elas não conseguem mais se controlar dentro de si, e assim parecem estranhas aos olhos dos corretos. Então como nós poderíamos ser loucos se nós nos controlamos para não ser? Nós somos associados aos loucos ao demonstrarmos nossos reais impulsos. Não se controlar é, na verdade, deixar de ser controlado pelo senso comum. O limite que essa “razão” impõe nas nossas ações, é a camisa de força da sociedade. Liberdade de expressão está muito além de onde você se expressa, e ao mesmo tempo, literalmente como você se expressa. Nós cobramos dos outros esse passe livre para divulgarmos nossos pensamentos, enquanto nós mesmo prendemos nossos sentimentos. Para nós, é estranho pessoas falarem livremente seus pensamentos e deixarem fluir suas expressões corpóreas. Essas pessoas ficam em sanatórios. Para nós, é normal dar uma satisfação forjando um gesto de esquecimento quando se dá meia volta na rua; ou por não conseguir cantar, pular e sorrir sozinho ao ouvir música nos fones em público… As outras pessoas a sua volta não estão ouvindo a mesma coisa que você, não estão sentindo a mesma coisa que você. Então não vá para o mundo externo e vazio para ser considerado normal, eles que deveriam entrar na dança e compartilhar da tua alegria. Somos todos estranhos, pois ninguém realmente conhece o outro por dentro, talvez nem nós mesmos. Quem nunca se surpreendeu consigo? Liberte-se de dentro da mente dos outros e deixe a sua gritar. Para eles, você é mais um maluco no mundo, então vista a carapuça e se considere o único.
— Stephany Sousa.
 Se você achou esse texto louco demais, não foi por falta de título.